28 de junho de 2003

TODOS BONS AMIGOS
Como de costume o Pedro Mexia escreve uma resposta exemplar à polémica Prdiana e à pronta defesa de Miguel Esteves Cardoso, no seu blog. Tudo o que eu pudesse ainda dizer sobre esse assunto seria redundante. É ir lá e ler.
Contudo, reproduzo, com a devida vénia, algumas frases: "Amizade? Fidelidade? Lealdade? Com certeza. Mas por vezes os nossos amigos não têm razão, e por vezes não têm razão nenhuma, e nessas alturas discordar deles não é uma traição à amizade mas faz parte da amizade".
Este é um dos assuntos que me toca particularmente. Quando se tem um feitio que nos faz dizer as coisas imediatamente às pessoas de quem gostamos, não podemos ficar insensíveis às frases citadas. Eu sou leal como um cão com os meus amigos. Mesmo quando as amizades acabam, seja lá por que fôr, ainda assim, continuo a defendê-los e a protegê-los das agressões externas. Um bocadinho como quem ficasse a soprar os vestígios de brasa numa fogueira praticamente extinta. Não que eu ache isso sensato, e muito menos valoroso, no sentido "camoniano do termo. É mania. Contudo, não consigo deixar de separar as pessoas dos actos. Mesmo que quisesse não poderia separar. É por isso que não ponho as mãos no fogo pela inocência de ninguém. Porei sim, as mãos nas chamas por eles; para que eles saibam que está ali alguém. Mesmo que sejam culpados, mesmo que discorde dos seus actos.
E não é por mais nada que não seja pelo facto de serem meus amigos. Pronto.

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